A cirurgia da glândula parótida, também chamada de parotidectomia, é um procedimento relativamente comum na área da cirurgia de cabeça e pescoço. Se você recebeu essa indicação ou está em dúvida sobre o assunto, este artigo vai te ajudar a entender tudo: como é feita a cirurgia, quais são os riscos e como é o pós-operatório.

O que é a glândula parótida?

A parótida é uma das principais glândulas salivares do corpo, localizada à frente da orelha, se estendendo em direção ao pescoço. Ela é responsável pela produção de saliva e, em alguns casos, pode desenvolver nódulos, que precisam ser investigados e, quando necessário, removidos cirurgicamente.

Como é feita a cirurgia da parótida?

A cirurgia da parótida é realizada com anestesia geral. O corte é feito de forma estratégica, em formato semelhante à cirurgia de facelift, escondida na frente da orelha, descendo até o pescoço. Essa incisão é planejada para que a cicatriz final fique discreta e bem posicionada, preservando a estética do rosto.

Durante o procedimento, o cirurgião remove a parte da glândula afetada — seja por um nódulo benigno, seja por um câncer. Em casos de câncer, pode ser necessário também fazer a remoção de linfonodos do pescoço, numa cirurgia chamada esvaziamento cervical. No entanto, essa é uma situação menos comum.

Existe risco na cirurgia da parótida?

A maioria das cirurgias da parótida ocorre de forma tranquila. No entanto, existe um risco específico relacionado ao nervo facial, que passa por dentro da glândula.

Esse nervo é responsável pela mímica facial — ou seja, pelos movimentos do rosto, como sorrir, fechar os olhos ou fazer expressões. Mesmo com todos os cuidados, pode haver algum grau de fraqueza facial no pós-operatório, especialmente:

• Dificuldade para fechar o olho do lado operado
  
• Fraqueza no canto da boca
  

Nesses casos, é comum o paciente precisar de fisioterapia facial para reabilitação e fortalecimento dos músculos da face. Na maioria das vezes, a recuperação é progressiva e eficaz.

Pós-operatório: o que esperar?

Após a cirurgia, o paciente geralmente permanece internado por 1 dia. Durante esse período, alguns cuidados são importantes:

• Repouso nas primeiras horas
  
• Alimentação leve e sem cítricos.
  
• Peça ajuda ao acompanhante para se levantar, evitando quedas
  

Além disso, é comum o uso de um dreno (uma pequena mangueirinha) para remover líquidos do local operado. Esse dreno é retirado no dia seguinte, antes da alta hospitalar.

Outro efeito comum é a dormência na orelha, causada por uma possível lesão em um nervo chamado auricular magno, que pode perder parte da função após a cirurgia. Essa dormência costuma melhorar com o tempo na maioria dos casos.

Conclusão

A parotidectomia é um procedimento seguro, mas que exige habilidade técnica devido à delicada relação com o nervo facial. Por isso, é essencial que a cirurgia seja feita por um cirurgião de cabeça e pescoço especializado. É a cirurgia mais delicada da especialidade!

Se você vai passar por essa cirurgia, mantenha a calma, tire todas as dúvidas com o seu médico e siga as orientações do pós-operatório corretamente.

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